Processo de recuperação físico-emocional no pós-câncer ginecológico/Process of physical and emotional recovery in post-gynecological cancer

Autores

  • Ariana Machado Toriy Mestranda em Fisioterapia, Universidade do Estado de Santa Catarina
  • Shaiane Alves Pires Graduanda em Fisioterapia, Universidade do Estado de Santa Catarina
  • Kamilla Zomkowski Graduanda em Fisioterapia, Universidade do Estado de Santa Catarina
  • Clarissa Medeiros da Luz Professor Adjunto 2 da Universidade do Estado de Santa Catarina , Brasil
  • Edite Krawulski Trabalha no Revista de Ciências Humanas (Universidade Federal de Santa Catarina)
  • Fabiana Flores Sperandio Professor Adjunto 1 da Universidade do Estado de Santa Catarina , Brasil

DOI:

https://doi.org/10.4322/0104-4931.ctoAO0584

Palavras-chave:

Qualidade de Vida, Braquiterapia, Atividades Cotidianas

Resumo

Introdução: O câncer ginecológico é uma doença que abrange as malignidades do colo uterino, dos ovários, do endométrio e da vagina ou vulva, sendo considerado um problema de saúde pública, visto que há declínio na qualidade de vida (QV). Objetivo: Identificar as implicações físico-emocionais e comparar a qualidade de vida na pré e na pós-braquiterapia. Método: Estudo prospectivo com abordagem qualiquantitativa. Foi realizado no Centro de Pesquisas Oncológicas e foram avaliadas 20 mulheres sobreviventes do câncer ginecológico entre 18 e 70 anos (49,55 ± 16,98). Utilizou-se o instrumento EORTC QLQ – C30 para avaliar a QV e a entrevista semiestruturada com perguntas acerca da problemática. Resultados: As características sociodemográficas demonstraram predominância no diagnostico de câncer de colo de útero, com estadiamento tipo IIB. Com relação à qualidade de vida, observou-se diferença significativa após a braquiterapia nos itens Constipação (p= 0,027) e Diarreia (p= 0,004). Os domínios função física, emocional, cognitiva, social e desempenho de papéis tiveram decréscimo das funções. Os temas construídos a partir da análise das verbalizações foram: 1) alterações físicas: a) lidando com a dor e o sofrimento; b) enfrentando as dificuldades físicas; 2) alterações emocionais: a) superando a ansiedade, medo, angústia e depressão; b) enfrentando as implicações emocionais, e 3) alterações físico-emocionais. Conclusão: As implicações emocionais proporcionam um impacto importante na resposta física. As alterações no estado de saúde em geral e na qualidade de vida destas mulheres após a braquiterapia determinam a necessidade de readequar práticas cotidianas estimuladas por multiprofissionais da saúde.

Biografia do Autor

Ariana Machado Toriy, Mestranda em Fisioterapia, Universidade do Estado de Santa Catarina

Graduação Tecnológica em Radiologia, pelo Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC). Graduação em Bacharelado em Fisioterapia, pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). Tem experiência na área de Radiologia no seguintes temas: proteções radiológicas, exposição ocupacional. Mestranda em Fisioterapia pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) nos seguintes temas: oncologia, ginecologia e saúde da mulher.

Shaiane Alves Pires, Graduanda em Fisioterapia, Universidade do Estado de Santa Catarina

Graduação em andamento em Fisioterapia Bacharelado, pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). Membro do Laboratório de Desenvolvimento e Controle Postural - LADESCOP, interessada no estudo do desenvolvimento motor e controle postural.

Kamilla Zomkowski, Graduanda em Fisioterapia, Universidade do Estado de Santa Catarina

Estudante de Graduação do curso de Fisioterapia da Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC, bolsista do projeto de extensão Integração, vice-presidente do Centro Acadêmico de Fisioterapia (CAFISIO) durante a gestão de 2012, e voluntário no grupo de pesquisa BEeS (Biologia Engenharia e Saúde) e representante discente (2013).

Clarissa Medeiros da Luz, Professor Adjunto 2 da Universidade do Estado de Santa Catarina , Brasil

Fisioterapeuta graduada pela Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC (2001), é especialista e Mestre em Nutrição pela Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC (2006) com Mestrado-Sanduíche na Universidad de Alcalá - UAH (Espanha), e Doutora em Ciencias Médico-Sociales (Medicina Preventiva y Salud Pública) pela Universidad de Alcalá (2011), com financiamento do Edital Universal do CNPq, e diploma revalidado no Brasil no Programa de Doutorado em Ciências da Saúde da Universidade de Brasília (UnB). É Professora Adjunto 1 na Universidade do Estado de Santa Catarina, onde desenvolve atividades de pesquisa, ensino e extensão no campo da Fisioterapia, com ênfase em Fisioterapia na saúde da mulher (onco-ginecologia, obstetrícia e incontinência urinária) e saúde ocupacional. É professora permanente do Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia (Mestrado) da UDESC. Desde 2007 supervisiona o estágio curricular na área de Ginecologia e Obstetrícia desenvolvido na Maternidade Carmela Dutra em Florianópolis. Na Maternidade Carmela Dutra, é membro do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos, integra o Grupo de Incentivo ao Aleitamento Materno e supervisiona o Projeto de Extensão Atendimento Fisioterapêutico na Incontinência Urinária e coordena o Projeto de Extensão Reabilitação Pós-Câncer Ginecológico, ambos da UDESC. É coordenadora e tutora do primeiro grupo PET-Saúde/Vigilância do CEFID/UDESC, desenvolvido em parceria com a Vigilância Epidemiológica da Prefeitura Municipal de Florianópolis. Temas de interesse e de publicações: atenção primária na saúde materno-infantil, avaliação e tratamento fisioterapêutico dos distúrbios ginecológicos e obstétricos, onco-ginecologia, saúde da mulher x trabalho.

Edite Krawulski, Trabalha no Revista de Ciências Humanas (Universidade Federal de Santa Catarina)

Psicóloga (UFSC - 1985), Mestre em Administração (UFSC - 1991) e Doutora em Engenharia de Produção, Área de Concentração Ergonomia (UFSC - 2004). Ex Coordenadora do Curso de Graduação em Psicologia e Ex Chefe do Departamento de Psicologia da UFSC; Docente do Curso de Graduação e do Programa de Pós-Graduação em Psicologia (Área de Psicologia das Organizações e do Trabalho, Linha de Pesquisa Formação Profissional, desenvolvimento de carreira e inserção no trabalho); Presidente da COPERVE - Comissão Permanente do Vestibular da UFSC; Integrante do LIOP - Laboratório de Informação e Orientação Profissional. Ministra disciplinas e orienta estágios e dissertações na área de Psicologia Organizacional e do Trabalho, nas temáticas processos de trabalho na contemporaneidade; sentidos e significados do trabalho; escolha, formação e exercício profissional; inserção e permanência no mercado de trabalho; identidade profissional; políticas, práticas e processos de gestão de pessoas nas organizações de trabalho. Desenvolve pesquisas sobre temas como razões da escolha profissional e concepções de Psicologia; relações indivíduo-trabalho em contextos organizacionais; trabalho voluntário e aposentadoria.

Fabiana Flores Sperandio, Professor Adjunto 1 da Universidade do Estado de Santa Catarina , Brasil

Possui graduação em Fisioterapia pela Universidade Federal de Santa Maria (1994), mestrado em Ciências do Movimento Humano pela Universidade do Estado de Santa Catarina (2000) e doutorado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina (2008). É professor associado VI, na Universidade do Estado de Santa Catarina, onde desde 1995 desenvolve atividades de pesquisa, ensino e graduação no campo da Fisioterapia, com ênfase em Fisioterapia na saúde da mulher (onco-ginecologia, obstetrícia e incontinência urinária), saúde ocupacional e desenvolvimento humano. Atua na graduação e no mestrado em Fisioterapia na UDESC. Nos últimos anos publicou 40 artigos completos publicados em periódicos nacionais e internacionais e 45 trabalhos publicados em anais de eventos. Participou de 26 bancas de dissertação (qualificações), 3 de doutorado e 8 monografias de cursos de aperfeiçoamento/especialização, 40 bancas de trabalhos de conclusão de curso de graduação, 46 bancas de comissões julgadoras. Até a presente data orientou 36 trabalhos de conclusão de curso, uma especialização e 3 iniciações científicas. Participou de várias bancas de comissões julgadoras (7 de concurso público e 2 de avaliação de cursos). Possui 2 defesa de mestrado concluída, 4 orientações de mestrado em andamento referentes à temática de fisioterapia em cirurgias onco-gineco-obstétricas, além de projetos de extensão (área de incontinência urinária e terapia manual) e pesquisas diversos com outras instituições. Teve aprovação dos projetos de pesquisa nos editais Universal CNPQ 14/2011 e Chamada Pública 07/2013 - MS-DECIT/CNPq/SES-SC (PPSUS/FAPESC) a ser desenvolvido entre 2014 e 2015. Coordena o Laboratório de Saúde da Mulher, participa do grupo de pesquisa LAGER e do laboratório LAGESC.

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Publicado

2015-12-22

Como Citar

Machado Toriy, A., Pires, S. A., Zomkowski, K., Medeiros da Luz, C., Krawulski, E., & Flores Sperandio, F. (2015). Processo de recuperação físico-emocional no pós-câncer ginecológico/Process of physical and emotional recovery in post-gynecological cancer. Cadernos Brasileiros De Terapia Ocupacional, 23(4), 747–756. https://doi.org/10.4322/0104-4931.ctoAO0584

Edição

Seção

Artigo Original