Violência obstétrica: ativismo nas redes sociais/Obstetrical violence: activism on social networking

Autores

  • Lia Hecker Luz Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Vânia de Vasconcelos Gico Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio Grande do Norte

DOI:

https://doi.org/10.4322/0104-4931.ctoAO0622

Palavras-chave:

Rede Social, Parto Humanizado, Violência Obstétrica

Resumo

Discute-se o parto normal na contemporaneidade e apresentam-se os três modelos de assistência obstétrica, a partir de categorização proposta pela antropóloga norte-americana Davis-Floyd, apontando-se as consequências do modelo tecnocrático que se tornou hegemônico nas sociedades contemporâneas e que naturalizou a violência obstétrica. Contextualiza-se a problemática à realidade brasileira, evidenciando-se, a partir da análise do blog Cientista que virou mãe, o movimento que se articula entre mulheres brasileiras nas redes sociais com o intuito de defender e dar visibilidade a iniciativas de parto natural e humanizado, atuando contra a violência obstétrica. Conclui-se que as ferramentas da internet têm permitido uma mobilização inédita em prol do respeito aos direitos reprodutivos das mulheres no Brasil, tornando tais canais em vias alternativas de comunicação e informação para alcançar formas mais democráticas de organização social. Além de esnaturalizar a violência obstétrica, as blogueiras também lançam ações que buscam pavimentar o caminho para a assistência humanizada e para as iniciativas de parto domiciliar planejado.

Biografia do Autor

Lia Hecker Luz, Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Doutora pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (PGCC/UFRN), Natal, RN, Brasil, com estágio de doutoramento no Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra, Portugal.

Pesquisadora do Observatório Boa-Ventura de Estudos Sociais do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (PGCC/UFRN), Natal, RN, Brasil. 

Vânia de Vasconcelos Gico, Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Doutora em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Pós-Doutorado em Sociologia da Cultura, Criação e Gestão do Conhecimento e Antropologia Cultural pela Universidade Nova de Lisboa, Portugal. Professora e Pesquisadora Associada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (PPGCS-UFRN). Lidera o Grupo de Pesquisa Cultura, Política e Educação-CNPq, na Linha de Pesquisa: “Complexidade, Cultura, Pensamento Social”, sob temas das Ciências Sociais e Saúde, Educação, Memória e Sociedade, Itinerários Intelectuais, Educação Jurídica e Biodireito. Coordena, desde 2004, o Observatório Boa-Ventura de Estudos Sociais (UFRN), a partir de Acordo Inter-Institucional entre a UFRN e o Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra, desenvolvendo inserção internacional nas Redes de Pesquisa, Intercâmbio entre Pesquisadores, Estudantes e Publicações em parceria internacional.

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Publicado

2015-09-29

Como Citar

Luz, L. H., & Gico, V. de V. (2015). Violência obstétrica: ativismo nas redes sociais/Obstetrical violence: activism on social networking. Cadernos Brasileiros De Terapia Ocupacional, 23(3), 475–484. https://doi.org/10.4322/0104-4931.ctoAO0622

Edição

Seção

Artigo Original