Avaliação da funcionalidade em crianças de 4-6 anos apresentando toxoplasmose congênita e retinocoroidite/Evaluation of functionality in children aged 4-6 years presenting congenital toxoplasmosis and retinochoroiditis

Autores

  • Aline de Oliveira Brandão Universidade Federal de Minas Gerais
  • Galton Carvalho Vasconcelos Departamento de Oftalmologia e Otorrinolaringologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
  • Jacqueline Domingues Tibúrcio Faculdade de Medicina da Universidade Federal de São João Del Rey (UFSJ)
  • Luciana Drummond de Figueiredo Rossi Hospital São Geraldo - Hospital das Clínicas da UFMG
  • Gláucia Manzan Queiroz Andrade Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da UFMG

DOI:

https://doi.org/10.4322/2526-8910.ctoAO1250

Palavras-chave:

Toxoplasmose Congênita, Avaliação, Baixa Visão, Funcionalidade, Testes

Resumo

Introdução: No Brasil, a toxoplasmose congênita (TC) é a principal causa de deficiência visual na infância. É causa de retinocoroidite, que pode levar à cegueira. Minas Gerais apresenta prevalência de um neonato com TC para cada 770 nascidos vivos. Objetivo: Avaliar funcionalidade visual e tarefas do autocuidado de crianças com TC classificadas em grupos de acordo com a acuidade visual. Método: Estudo transversal com 96 pré-escolares com TC. Realizado exame oftalmológico e avaliada a funcionalidade por dois instrumentos: O teste Avaliação da Visão Funcional (AVIF-2 a 6 anos) e Inventário de Avaliação Pediátrica de Incapacidade (PEDI-versão brasileira). Resultados: As crianças foram classificadas em três grupos conforme a acuidade visual: perda visual moderada/grave (n=16), perda leve (n=39) e visão normal (n=41). Houve diferença significativa no escore total do AVIF-2 a 6 anos entre os três grupos (p=0,001), e entre os grupos com perda visual moderada/grave e visão normal (p<0,0001). Os escores do domínio seguimento visual apresentaram pior resultado (p=0,022). O teste PEDI não mostrou diferença significativa entre os grupos. Não houve correlação entre os escores dos testes aplicados. Conclusão: Crianças com TC e perda visual moderada/grave apresentaram comprometimento da funcionalidade visual com maior prejuízo no seguimento visual. O teste AVIF-2 a 6 anos demonstrou esse comprometimento entre os grupos com diferentes acuidades visuais. O teste PEDI (autocuidado) não mostrou diferença estatística significativa dos escores entre os grupos. O teste AVIF- 2 a 6 anos pode contribuir para intervenção mais objetiva na habilitação visual de crianças com TC e baixa visão.

Biografia do Autor

Aline de Oliveira Brandão, Universidade Federal de Minas Gerais

Mestre em Ciências da Saúde – Saúde da Criança e do Adolescente (Universidade Federal de Minas Gerais -UFMG), Terapeuta Ocupacional do Instituto de Olhos de Belo Horizonte,  Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil.

Galton Carvalho Vasconcelos, Departamento de Oftalmologia e Otorrinolaringologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Doutor em Oftalmologia. Professor Adjunto do Departamento de Oftalmologia e Otorrinolaringologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Chefe do Setor de Baixa Visão Infantil do Hospital São Geraldo – Hospital das Clínicas - UFMG, Belo Horizonte, MG- Brasil

Jacqueline Domingues Tibúrcio, Faculdade de Medicina da Universidade Federal de São João Del Rey (UFSJ)

Doutora em Ciências da Saúde – Saúde da Criança e do Adolescente (Universidade Federal de Minas Gerais), Professora adjunta da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de São João Del Rey (UFSJ), São João Del Rey, Minas Gerais, Brasil.

Luciana Drummond de Figueiredo Rossi, Hospital São Geraldo - Hospital das Clínicas da UFMG

Mestre em Ciências da Saúde – Saúde da Criança e do Adolescente – (Universidade Federal de Minas Gerais), Fisioterapeuta do Setor de Baixa Visão Infantil do Hospital São Geraldo - Hospital das Clínicas da UFMG, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil.

Gláucia Manzan Queiroz Andrade, Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da UFMG

Doutora em Ciências da Saúde, professora adjunta do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil.

Publicado

2019-03-27

Como Citar

Brandão, A. de O., Vasconcelos, G. C., Tibúrcio, J. D., Rossi, L. D. de F., & Andrade, G. M. Q. (2019). Avaliação da funcionalidade em crianças de 4-6 anos apresentando toxoplasmose congênita e retinocoroidite/Evaluation of functionality in children aged 4-6 years presenting congenital toxoplasmosis and retinochoroiditis. Cadernos Brasileiros De Terapia Ocupacional, 27(1), 45–53. https://doi.org/10.4322/2526-8910.ctoAO1250

Edição

Seção

Artigo Original