A saúde mental infantojuvenil sob a ótica de gestores da Atenção Básica à Saúde: possibilidades e desafios/ Child and adolescent mental health from the perspective of Primary Health Care managers: possibilities and challenges

Autores

  • Mariana Santos De Giorgio Lourenço Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Terapia Ocupacional e Mestre em Terapia Ocupacional pelo Programa de Pós-Graduação em Terapia Ocupacional da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), São Carlos-SP, Brasil
  • Thelma Simões Matsukura Doutora em Saúde Mental pela Universidade de São Paulo. Professora Titular do Departamento de Terapia Ocupacional e dos Programas de Pós-Graduação em Terapia Ocupacional e em Educação Especial da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), São Carlos-SP, Brasil
  • Maria Fernanda Barboza Cid Doutora em Educação Especial pela Universidade Federal de São Carlos. Professora Titular do Departamento de Terapia Ocupacional e do Programas de Pós-Graduação em Terapia Ocupacional da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), São Carlos-SP, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.4322/2526-8910.ctoAO2026

Palavras-chave:

Saúde Mental, Criança, Adolescente, Atenção Básica à Saúde

Resumo

Este estudo objetivou identificar a compreensão de gestores de Unidades de Saúde da Família de municípios que não contam com CAPSij (Centro de Atenção Psicossocial Infanto-juvenil), sobre saúde mental infantojuvenil, assim como a sua percepção sobre o entendimento que as equipes têm da saúde mental infantojuvenil. Trata-se de pesquisa descritivo-exploratória de caráter qualitativo, aportada no referencial teórico das Políticas Públicas de Saúde, Saúde Mental, Atenção Psicossocial para Infância e Adolescência e Atenção Básica (ABS). Participaram 21 profissionais da ABS, gestores de Unidades de Saúde da Família vinculadas a três municípios do Estado de São Paulo, de diferentes dimensões. Os participantes concederam entrevistas a partir de roteiros semiestruturados. As entrevistas foram gravadas, transcritas e analisadas com a técnica do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC). Os resultados indicaram, entre outros: (a) a crença dos participantes de que as experiências familiares, econômicas e sociais vivenciadas por crianças e adolescentes em seus contextos de vida têm impacto direto em sua saúde mental; (b) a não identificação de casos de saúde mental infantojuvenil pelos gestores das Unidades participantes; (c) a percepção divergente dos gestores quanto à compreensão das equipes sobre saúde mental infantojuvenil. Com base nos resultados, sinaliza-se que o fortalecimento das estratégias de matriciamento e/ou formação continuada, se planejados de forma contextualizada em função dos territórios, podem ser efetivos para apoiar as ações de cuidado em saúde mental na ABS para aqueles municípios com menos recursos humanos e institucionais.

Publicado

2020-10-08

Como Citar

Lourenço, M. S. D. G., Matsukura, T. S., & Cid, M. F. B. (2020). A saúde mental infantojuvenil sob a ótica de gestores da Atenção Básica à Saúde: possibilidades e desafios/ Child and adolescent mental health from the perspective of Primary Health Care managers: possibilities and challenges. Cadernos Brasileiros De Terapia Ocupacional, 28(3), 809–828. https://doi.org/10.4322/2526-8910.ctoAO2026

Edição

Seção

Artigo Original