Por que uma Ciência Ocupacional na América Latina? Possíveis relações com a Terapia Ocupacional com base em uma perspectiva pragmatista / Why an Occupational Science in Latin America? Possible relationships with Occupational Therapy from a pragmatist perspective

Autores

Palavras-chave:

História, Conhecimento, Prática Profissional, Terapia Ocupacional

Resumo

O presente ensaio aborda a Ciência Ocupacional com base na história hegemônica e (re)conhecida da terapia ocupacional no mundo, a partir da qual nos perguntamos: “Por que uma CiênciaOcupacional na América Latina?”. Para responder a tal questionamento, apresentamos uma perspectiva crítica sobre a Ciência Ocupacional, resgatando evidências sobre a sua institucionalização, discursos e rebatimentos à validação e à identidade da Terapia Ocupacional. Com isso, verificamos semelhanças e distinções entre ambas as disciplinas, considerando, sobretudo, que os estudos da e sobre a ocupação humana sempre existiram mesmo antes de sua criação. Isso nos permite afirmar que não há uma relação de dependência da Terapia Ocupacional com a Ciência Ocupacional, como nos discursos iniciais de sua criação. No entanto, devemos considerar que ambas são complementares e não dependentes, e que, juntas ou separadas, direcionam-se para as transformações sociais. Parece-nos que no contexto da América Latina essa compreensão não é uma realidade, visto que o engendramento das questões que ainda mantêm o status de “crise identitária” da Terapia Ocupacional dificulta a compreensão de outros mecanismos de leitura sobre as histórias e fundamentos da área, como os processos de colonização e de confronto e reconhecimento de nossas bases epistêmicas.

Biografia do Autor

Rodolfo Morrison, Universidade do Chile, UCH

Professor do Departamento de Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina da Universidade do Chile. Santiago, Chile

Carla Regina Silva, Universidade Federal de São Carlos, UFSCar

Professora do Departamento de Terapia Ocupacional e do Programa de Pós-Graduação em Terapia Ocupacional, Líder do Grupo de Pesquisa Atividades Humanas e Terapia Ocupacional. Universidade Federal de São Carlos. São Carlos – SP, Brasil

Ricardo Lopes Correia, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Terapeuta Ocupacional. Doutor e mestre em Ciências da Saúde. Especialização em Projetos Socais e Políticas Públicas e em Acessibilidade Cultural. Professor do Departamento de Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina e do Programa de Pós-Graduação em Psicossociologia de Comunidades e Ecologia Social - EICOS da Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ.

Luciana Wertheimer, Associação Brasileira dos Terapeutas Ocupacionais, ABRATO.

Terapeuta Ocupacional, Especialista em Arteterapia, Transtornos do Desenvolvimento e Coordenação de Grupo. Coordenadora Nacional do Grupo de Trabalho em Saúde Mental da Associação Brasileira de Terapia Ocupacional, Representante da Comissão de Terapia Ocupacional do COFFITO para o Fórum Mercosul do Ministério da Saúde do Brasil.

Publicado

2021-05-03

Como Citar

Morrison, R., Silva, C. R., Correia, R. L., & Wertheimer, L. (2021). Por que uma Ciência Ocupacional na América Latina? Possíveis relações com a Terapia Ocupacional com base em uma perspectiva pragmatista / Why an Occupational Science in Latin America? Possible relationships with Occupational Therapy from a pragmatist perspective. Cadernos Brasileiros De Terapia Ocupacional, 29, e2081. Recuperado de https://www.cadernosdeterapiaocupacional.ufscar.br/index.php/cadernos/article/view/2754

Edição

Seção

Artigo de Reflexão ou Ensaio