Exoesqueleto de mão para pessoas com hemiparesia leve: um estudo descritivo sobre sua criação, as primeiras evidências de uso e reflexões sobre contribuições da terapia ocupacional

Resumo

Introdução: Terapeutas ocupacionais, preocupados em evitar a privação prolongada de movimentos em pessoas com hemiparesia leve, buscam desenvolver e implementar técnicas que favoreçam a neuroplasticidade e restabeleçam a funcionalidade. Além dos procedimentos utilizados nas abordagens clássicas, nas últimas décadas robôs e exoesqueletos têm sido amplamente empregados. Objetivo: Descrever o desenvolvimento e os resultados dos primeiros testes de um exoesqueleto de mão para pessoas com hemiparesia leve, evidenciando as contribuições da terapia ocupacional no processo de construção realizado por equipe multiprofissional. Método: A pesquisa está organizada em duas etapas. A primeira descreve o contexto e as bases teórico-metodológicas adotadas para o desenvolvimento do produto, evidenciando os processos da construção e as contribuições da terapia ocupacional, tratando-se, portanto, de uma etapa teóricoprática. A segunda apresenta as primeiras evidências dos testes do protótipo e de seu uso por duas pessoas com hemiparesia leve. Resultados: Foi produzido um exoesqueleto de mão de atuação eletromecânica, com fonte de energia via bateria e tracionamento mecânico por polia e fio de tração. Os testes e as primeiras evidências de seu uso ocorreram por meio de um programa de aprendizagem motora em terapia ocupacional com pessoas com hemiparesia, revelando-se um caminho promissor por promover movimentos de preensão, alcance e soltura de objetos, aumentando a participação nas ocupações cotidianas. Conclusão: Por meio da experiência relatada, evidenciam-se as ações e contribuições da terapia ocupacional no processo de construção coletiva de soluções para problemas, desde a gênese de um exoesqueleto desenvolvido para pessoas com hemiparesia leve.