Editorial

Autores

  • Fernanda Dreux M. Fernandes
  • Rosana Ferreira Sampaio

Resumo

 

Nos últimos meses, periódicos de Fisioterapia e de Fonoaudiologia publicaram editoriais a respeito das atividades desenvolvidas pelos representantes de área no Comitê Assessor Multidisciplinar da Saúde junto ao CNPq. Apresentamos aqui nosso relato para a Terapia Ocupacional.

A configuração atual do comitê foi definida, em sua quase totalidade, em junho de 2010, sendo que apenas o representante suplente da área de Educação Física integrou o comitê em julho de 2011. Desde o início, os trabalhos têm sido pautados por um ambiente de total harmonia e respeito às diferenças, possibilitando o compartilhamento das dificuldades e das soluções, num clima amistoso e de colaboração.

Assim, as prioridades de cada área têm sido discutidas, os recursos compartilhados proporcionalmente à demanda e as solicitações comuns às áreas têm sido encaminhadas com a máxima agilidade possível.

A análise mais específica de alguns indicadores da Fisioterapia e Terapia Ocupacional indica claramente seu desenvolvimento e amadurecimento. Em 2009 havia oito programas de mestrado e dois de doutorado em Fisioterapia e Terapia Ocupacional; 133 docentes atuavam na pós-graduação, sendo que 79 deles eram também professores de graduação; havia 190 alunos nos programas de mestrado e 79 nos de doutorado; 226 grupos de pesquisa estavam registrados no CNPq e a área contava com 53 bolsistas de produtividade. Apenas dois anos depois, a área conta com 12 programas de mestrado, 3 de doutorado e 60 bolsistas de produtividade em pesquisa.

Embora a expansão fique clara, Fisioterapia, Terapia Ocupacional e Fonoaudiologia ainda constituem um grupo incipiente na grande área da saúde e é nesse sentido que uma atuação, em próxima colaboração, delineia-se como uma das melhores alternativas para o encaminhamento de demandas e apoio à continuidade do desenvolvimento.

Nesse sentido, a principal demanda é a de mais bolsas de produtividade em pesquisa e, principalmente, mais bolsas Pesquisador "1" para o nosso comitê. No edital de 2010, houve um acréscimo de 20% no número de bolsas concedidas, mas isso não incluía o aumento do número de bolsas "1". A partir da solicitação encaminhada, com argumentação construída em conjunto pelo comitê, foram concedidas mais seis bolsas "1". No edital de 2011, não houve informação relativa ao aumento do número de bolsas, mas o comitê encaminhou novas solicitações para todas as áreas.

No que diz respeito ao Edital Universal, o recurso é distribuído pelo CNPq com base na demanda financeira de cada comitê e esse mesmo critério é adotado internamente para a distribuição da verba entre as diversas áreas do nosso comitê. Ainda assim, o recurso disponibilizado exige que sejam feitos todos os ajustes possíveis para que um maior número de pesquisadores seja contemplado.

As atividades de nossa última reunião de 2011, em novembro, incluíram a revisão dos critérios para a análise das propostas de bolsas de produtividade em pesquisa. As discussões indicaram que os atuais critérios estão muito bem construídos e, dessa forma, os pequenos ajustes realizados estão ancorados no reconhecimento do crescimento das distintas áreas que integram o Comitê Multidisciplinar, respeitando suas diferenças.

É importante continuarmos investindo para aumentar e qualificar a nossa demanda, estimulando os pesquisadores a submeterem seus projetos, o que seguramente poderá tornar nosso comitê mais competitivo junto ao CNPq. Cabe destacar ainda que estamos trabalhando no sentido de buscar recursos que permitam a publicação de um edital temático que contemple as especificidades de nossas áreas, o que seguramente nos permitiria atender a um número maior de solicitações, fortalecendo assim a produção de conhecimento nas nossas áreas.

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Publicado

2012-04-26

Como Citar

Fernandes, F. D. M., & Sampaio, R. F. (2012). Editorial. Cadernos Brasileiros De Terapia Ocupacional, 20(1). Recuperado de https://www.cadernosdeterapiaocupacional.ufscar.br/index.php/cadernos/article/view/541

Edição

Seção

Editorial