Teatro e artivismo anticapacitista
DOI:
https://doi.org/10.1590/2526-8910.cto416441023Palavras-chave:
Ativismo Social, Arte, Capacitismo, Pessoas com Deficiência, TeatroResumo
Este artigo apresenta o artivismo contra a deficiência da Compañía de Teatro Visión Imposible (Companhia de Teatro Visão Impossível), formada por pessoas com deficiência visual em Punta Arenas, Chile. O objetivo foi analisar como as intervenções teatrais no espaço público transformam a subjetividade, denunciam as exclusões estruturais e constroem a cidadania cultural. Usando uma abordagem qualitativa, foram realizados grupos focais (pré e pós-intervenção) e fotoetnografia de uma apresentação de rua. A análise das informações foi realizada com as ferramentas da Análise Crítica do Discurso e da Análise Visual Multimodal. São identificados três eixos: (1) subjetivação política a partir da experiência corporal e da dor em direção à agência; (2) estruturas sociais de exclusão e centralismo; (3) arte como ferramenta de transformação simbólica e social. Os resultados mostram como as práticas artivistas ressignificam o espaço público, contestam os discursos normativos e fortalecem o posicionamento coletivo das pessoas com deficiência. Conclui-se, portanto, que o artivismo, como estratégia expressiva e política, permite que os sujeitos questionem a ordem social vigente, tornando visíveis seus corpos e memórias em contextos urbanos historicamente excludentes. O teatro de rua surge como uma ferramenta de resistência, pedagogia social e agência cultural. Do ponto de vista da terapia ocupacional, essa abordagem aumenta a compreensão da participação, da inclusão e da transformação a partir da estética e da política.
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