O exercício de parentalidades LGBTQIA+ e apontamentos para a terapia ocupacional
DOI:
https://doi.org/10.1590/2526-8910.cto414640741Palavras-chave:
Terapia Ocupacional, Justiça Social, Enquadramento Interseccional, Parentalidade, Estrutura Familiar, Pessoas LGBT+Resumo
Este artigo de reflexão discute as contribuições da terapia ocupacional na promoção e garantia dos direitos das famílias LGBTQIA+, considerando barreiras históricas, estruturais e culturais que limitam o acesso a esses direitos e o exercício da cidadania. Propõe-se uma análise crítica da heteronormatividade e de sua influência na prática profissional, destacando a necessidade de abordagens teórico-práticas interseccionais. A heteronormatividade, presente no sistema legal e nos meandros institucionais, reconhece como legítimas apenas as famílias que se ajustam a padrões binários e heteroafetivos, excluindo historicamente diversas configurações familiares e perpetuando desigualdades no exercício das parentalidades. No campo da terapia ocupacional, ainda há exploração limitada dessa temática, o que evidencia a necessidade de desenvolver abordagens teóricas e práticas que desafiem esses marcos hegemônicos. Nesse sentido, sugerem-se estratégias concretas, como a criação e o fortalecimento de redes comunitárias, a articulação com movimentos sociais e a construção de políticas públicas inclusivas, enfatizando a integração entre níveis micro e macrossociais para efetivar o suporte às dinâmicas cotidianas dessas famílias.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 The Authors

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.